A República Federativa do Brasil é um dos maiores países em extensão
territorial do globo, o quinto maior, e o maior país da América do Sul, um país
de inquestionável riqueza acima e abaixo do solo, com tal dimensão que torna-se
incompreensível para seus habitantes, que tal riqueza não seja dividida de
forma justa entre ricos e pobres. Infelizmente os mais pobres são os que mais
necessitam de projetos sociais fortes e de recursos do estado para terem
esperança e terem a chance de alcançarem a independência da assistência
estatal. Afinal o estado existe para equilibrar a desvantagem daqueles que
vivem na pobreza extrema.
Em nosso país não existe meio termo, aqui se é de extrema esquerda ou de
extrema direita, mas o engraçado é que existe de ambos os lados a compreensão
de que as pessoas em situação de extrema necessidade precisam dos serviços do
estado para assistência médica, segurança, justiça e educação. A história
mundial tem exemplos suficientes de que tanto a extrema esquerda como a extrema
direita já foram muito prejudiciais à humanidade. O que o ser humano busca é a
liberdade para ir e vir, para empreender e enfim ter em mãos a direção de suas
vidas e o direito de sonhar por uma vida melhor.
O que pergunto neste texto é, estão nossos representantes fazendo jus ao
título de defensores dos interesses dos cidadãos? Estão eles preocupados com os
legítimos interesses da nação ou estão preocupados somente com os assuntos
relativos às respectivas sobrevivências políticas ou em seus cargos públicos? É
preocupante que nossos representantes tenham esse tipo de atitude e cabe a nós
escolher de forma inteligente quem irá nos representar. Chega de política
rasteira e de dificuldades para a viabilização do suporte estatal para ricos e
pobres, quer seja para um grande empreendedor, ou para uma família em situação
de grande vulnerabilidade social.
Nosso estado tem que deixar de ser padrasto e simplificar a relação com
todos os seus filhos, isso traria um sentimento de reconhecimento e verdadeiro
pertencimento à cidadania brasileira em todas as camadas sociais. Para tanto é
preciso que o estado empunhe a espada de Salomão, e com sua atitude possa
mostrar a toda a sociedade que a intenção é promover justiça em todos os níveis
de nossa sociedade, para que não se tenha a sensação que nossos dirigentes
estão mais interessados em salvar a própria pele, do que em deixar um legado de
esperança e honestidade para um grande país extremamente sofrido.
Prof.
José Roberto Camacho
Universidade
Federal de Uberlândia
Faculdade de
Engenharia Elétrica