segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Reforma da Previdência 2017/2018

Neste final de 2017, início de 2018 acompanhamos um governo e uma mídia no Brasil, em que ninguém mais acredita, na tentativa quase psicótica de convencer a população que é necessário mais uma reforma previdenciária. Reformas como essa já foram feitas às dúzias em nosso país, e a proposta é sempre a mesma, retirar direito de muitos trabalhadores que dedicaram quase uma vida inteira contribuindo para uma previdência social confusa e mal administrada.

Com um presidente que se recusa a contar a idade com que se aposentou, além de aguardar o término do seu mandato para esclarecer à justiça os seus relacionamentos impróprios com empresários, empresas, partidos políticos e bancos estatais, este presidente se julga no direito de comandar uma reforma previdenciária para o bem do país e de todos os seus trabalhadores. Dá para acreditar? Sr. Presidente, o senhor quer fechar a conta do ano ou melhorar o nosso velho e arcaico sistema de aposentadoria?

Uma reforma com fórmula antiga, onde várias perguntas não são respondidas, tais como: - Quem são os grandes devedores da previdência no Brasil? - Por que não se divulga quem são eles e quanto devem? – Os trabalhadores que pagaram em seus contracheques, mês a mês, a contribuição previdenciária, merecem ter as regras do jogo mudadas no meio da peleja?

Que tal mudarmos as regras do jogo para quem está iniciando com sistemas inteligentes e fórmulas claras de arrecadação e de rendimento desse investimento ao longo de toda uma vida. A ausência de regras claras e simples faz com todos tenham prejuízo, os trabalhadores e a nação. Pois toda vez que o governo anuncia uma nova e nebulosa reforma é enorme a quantidade de pessoas que são estimuladas a se aposentar e que poderiam continuar trabalhando.

Portanto, toda vez que se anuncia nova reforma previdenciária é incalculável o número de pessoas capazes que buscam a aposentadoria. Com isso além de pagar mais uma aposentadoria, mais uma pessoa deverá ser contratada para o lugar daquela, e o prejuízo do sistema aumenta até valores que é impossível calcular. O sistema penalizador em que vivemos no Brasil, é pouco inteligente, e deveria estimular e premiar as pessoas que permanecem no trabalho por mais tempo.

Mas não, o que se vê, é um governo incapaz de despertar a mais leve confiança do cidadão, e que se arvora a anunciar que está fazendo o melhor para o país. Este melhor para o país, é para que ele feche a conta com superavit no final do ano fiscal? Ou será que ele deveria fazer o que é melhor para os seus cidadãos? Estamos cansados de ver nossos pais aposentados perderem a dignidade no fim de suas vidas devido a irrisória remuneração de aposentadoria em que se transforma a sua contribuição de uma vida inteira. Como acreditar em um executivo, legislativo e judiciário que advogam em causa própria, para se livrarem dos pecados cometidos no passado?

Para executar tais tarefas é preciso um executivo, um legislativo e um judiciário acima de qualquer suspeita, nada disso temos no momento. Está explicado porque a população brasileira está tão apática, a tarefa é maior que os sete trabalhos de Hércules. E é por isso que não se tem no país a mínima confiança de que algo irá melhorar por aqui a longo prazo sem muito trabalho e economia. O Brasil descobriu a duras penas que a pior coisa que se pode perder em um país é a confiança nas instituções.

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