Era véspera de Natal, eu estava em casa, soou o ding-dong da
campainha e fui atender. Na porta encontro um senhor de longas barbas, roupas
sujas, maltrapilho dizendo que estava com fome e sede.
Ele me pediu um copo de
água e algo para comer, o homem me parecia cansado, deveria estar caminhando há
muito tempo. Pedi a ele que se sentasse nas cadeiras que tenho na varanda, e
que estavam precisando de uma boa mão de verniz, e entrei para pegar água e um
sanduiche, pois, o homem parecia não ter comido algo há muito tempo.
Até pensei em pedir a
ele que envernizasse as cadeiras e poderia dar a ele algum dinheiro pelo
serviço. Puxei conversa com o homem que com muita sede bebeu a água e comeu
avidamente o sanduiche que lhe dei. Perguntei seu nome e ele me disse, meu nome
é Jesus, sou o “Nazareno Rei dos Judeus”, mas ninguém mais me reconhece e fazem
até chacota, pois quase ninguém acredita mais.
A história daquele homem maltrapilho me parecia um tanto fantasiosa, seria ele um louco? Eu me perguntava,
como um ser humano pecador como eu poderia ter a graça de receber Jesus em casa
no dia de Natal? Enquanto comia, sem que eu lhe dissesse nada sobre mim, ele
mostrou conhecer tudo da minha família e disse, você vai ser avô no próximo ano
e conhecerá a beleza de ser pai dos pais.
Fiquei embasbacado,
pois ele até se lembrou que em um Natal passado em uma terra distante. Eu tive
que levar uma das minhas filhas para o hospital, e ele contou que viu tudo e
que mandou um anjo, que em plena noite de Natal fez com que minha filhinha com
um pouco mais de uma ano saísse de lá totalmente bem.
Mesmo com todo esse
conhecimento, não dei muito crédito àquele maltrapilho que dizia ser Jesus.
Entrando em casa eu disse a ele que se precisasse de algo eu estaria dentro da
casa e que podia descansar ali o tempo que julgasse necessário. Passada cerca
de meia hora voltei à varanda para ver se o homem precisava de algo. Para minha
surpresa, ele havia desaparecido, mas as minhas cadeiras que até precisavam de uma mão de verniz para se manterem conservadas estavam brilhando como novas.
Aí descobri que havia
recebido uma visita especial, e que Jesus pode aparecer de várias formas para
você, eu o recebi em minha casa como um homem maltrapilho e esfomeado. Você seria capaz
de reconhecê-lo? Seria capaz de oferecer a ele o que você tem de melhor? Essa é
a questão, nunca sabemos quando Jesus irá bater à nossa porta e de que forma.
Atenda sempre.